Com a estabilização da epidemia no país, a maioria das empresas retomou as atividades, mas o setor de comércio exterior não conseguiu inaugurar uma recuperação como outros setores.
Com o fechamento das alfândegas em diversos países, as operações de atracação nos portos marítimos foram bloqueadas e os armazéns alfandegários, antes movimentados, ficaram ociosos por um período. Práticos de navios porta-contêineres, inspetores alfandegários, pessoal de logística, caminhoneiros e vigias noturnos de armazém... a maioria está "descansando".
Estudos apontam que 27% da queda na demanda dos EUA e 18% da queda na demanda da UE são absorvidas por produtores estrangeiros. A queda na demanda dos países desenvolvidos está causando repercussões em países emergentes, especialmente na China, no Sudeste Asiático e no México, ao longo das rotas comerciais. Com a previsão de uma forte queda no PIB global este ano, torna-se praticamente impossível manter o fluxo de bens e serviços avaliado em US$ 25 trilhões do passado ao redor do mundo.
Atualmente, fábricas na Europa, América do Norte e Ásia, fora da China, enfrentam não apenas a instabilidade no fornecimento de peças, mas também o adoecimento de trabalhadores e as intermináveis ​​paralisações locais e nacionais. As empresas de comércio exterior também enfrentam grande incerteza. A Orchard International, com sede no Canadá, atua no comércio internacional de produtos como rímel e esponjas de banho. A funcionária Audrey Ross relatou que o planejamento de vendas se tornou um pesadelo: clientes importantes na Alemanha fecharam lojas; armazéns nos Estados Unidos reduziram o horário de funcionamento. Na visão deles, diversificar os negócios para além da China parecia uma estratégia inteligente no início, mas agora não há lugar seguro no mundo.
A produção estrangeira ainda está limitada pela epidemia de pneumonia causada pelo novo coronavírus. A China possui uma cadeia industrial e de suprimentos estável que lhe permite aproveitar a oportunidade. Ao mesmo tempo, a recuperação gradual da economia em alguns países tem continuado a impulsionar a demanda externa.
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